Sociedade portuguesa de medicina interna - vol.16 | nº 4 | out a dez 2009
Review Articles
Intoxicação por ingestão de cogumelosMushroom poisoningAbstract
A diversidade de síndromes de intoxicação por ingestão de co-
The diversity of toxicity syndromes caused by mushroom inges-
gumelos implica, por um lado, uma abordagem ao diagnóstico
tion entails, on one hand, a many-sided and flexible approach
multifacetada e flexível, que pode beneficiar grandemente de
to diagnosis that can benefit from any information obtained
informação colhida junto do paciente ou dos seus acompanhan-
from the patients or company, and on the other hand, a need to
tes e por outro, uma necessidade de identificar, em colaboração
identify, in collaboration with mycologists, the causative species.
com micologistas, a espécie causadora. Faz-se neste artigo uma
The known syndromes are systematised and a proposal is made
sistematização das síndromes que se conhecem e propõe-se
for the implementation of detailed enquiries that standardise the
a implementação de inquéritos detalhados que padronizem a
information. A model form to serve as starting point for the design
informação. Inclui-se um modelo de formulário que poderá servir
de ponto de partida para o desenho desses inquéritos. Key words: mushroom poisoning, intoxication, mushrooms,
Palavras chave: micetismo, intoxicação, cogumelos, inqué-
Introdução
de Amanita ponderosa Malç. & Heim, conhecida no
As intoxicações pela ingestão de cogumelos (mice-
Alentejo como “silarca”, por confusão desta com a
tismos) são uma ocorrência recorrente, se bem que
espécie mortal Amanita verna (Bull.)Lam.
de baixa incidência em Portugal. Este último facto e
Contudo, há sempre casos com etiologia diversa,
a sazonalidade das ocorrências contribuem para que
o que se torna ainda mais evidente em anos recen-
o alerta dos Serviços de Urgência sobre a variedade
tes, devido à presença de imigrantes marcadamente
de situações que se podem apresentar, e respectivos
micófilos, oriundos dos países eslavos e de língua
tratamentos, seja relativamente baixo. Assim, quando
romena, cujos hábitos de consumo se alargam a um
deparados com estes casos, pode haver a tendência
número de espécies bastante elevado. De facto, a
para não se fazer um diagnóstico suficientemente
Micologia regista algumas dezenas de espécies eu-
ropeias de interesse gastronómico significativo,2,3 a
A população portuguesa é essencialmente mi-
maior parte acarretando riscos de confusão, mesmo
cófoba, sendo a recolha e consumo de cogumelos
por apanhadores experientes. Aliás, verificou-se que
silvestres geralmente restrita às áreas rurais e a um
uma parte importante dos casos analisados em Évora
reduzido número de espécies. Este facto pode levar
se deveram a distracção ou a excesso de confiança por
a circunscrever os casos de intoxicação a uma tipo-
logia que é facilmente reconhecível localmente. Por
A presente revisão visa facilitar o processo de
exemplo, no Hospital do Espírito Santo, em Évora,1
diagnóstico de intoxicações por ingestão de cogume-
a maior parte dos casos estão associados à apanha
los, através da proposta de dois instrumentos: uma sistemática das síndromes conhecidas, e um modelo de inquérito a efectuar durante a abordagem à vítima de presumível intoxicação. Juntam-se, em apêndice, listas de espécies relevantes para Portugal, por sín-drome e por nome vernáculo.
*Doutorado em BiologiaDepartamento de Biologia, Universidade de Évora
Síndromes de micetismo
Recebido para publicação a 17.09.07 Aceite para publicação a 24.04.09
A sistematização das síndromes que se faz nesta sec-
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL VOL.16 | Nº 4 | OUT/DEZ 2009 arTiGOs DE rEVisÃO Medicina Interna
ção visa facilitar um diagnóstico QUaDrO i
rápido, assim como separar as geralmente mais graves, que têm
Latência Patologia sinais principais síndrome
Cardiovascular Bradicardia, vasodilatação
gastrintestinal gastrenterite aguda, vómitos,
gastrenterite, náusea, hepatite giromitrina*
I — Início dos sintomas até 5 horas após a última ingestão
Tratamento com anti-espamódicos. Analisar mar-
Síndrome gastrintestinal
cadores de função hepática (transaminases e lactato
Dores abdominais violentas, náuseas, vómitos e
desidrogenase) para excluir a síndrome faloidínica.
diarreia, sem insuficiência hepática: síndrome resi-
Indigestão (que pode ser grave) geralmente por
nóide, provocada mais provavelmente por Omphalotus
consumo excessivo, associada a sensibilidade à
olearius (por confusão com Cantharellus cibarius),
trehalose ou à quitina, a pressão osmótica devida ao
geralmente associado a oliveiras (zambujeiros), mas
manitol, ou a alergia a substâncias antibióticas do
o elenco de espécies é muito mais alargado: em siste-
fungo: síndrome digestiva, provocada muitas vezes
mas florestais, Entoloma sinuatum e outros entolomas,
por espécies idóneas para outros indivíduos.
espécies do grupo de Boletus satanas, do grupo de
Agaricus xanthodermus, e (zonas alpinas) Tricholoma
Diarreia, geralmente benigna, devida a substâncias
pardinum; também em prados e clareiras, espécies do
laxantes: síndrome digestiva, associada a Ramaria
género Chlorophyllum (facilmente confundidas com
formosa e aparentadas, e a espécies de Suillus de que
REVISTA DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE MEDICINA INTERNA rEViEw arTiCLEs Medicina Interna II — Início dos sintomas mais de 5 horas
Náuseas e vómitos associados a hemólise: síndro-
após a última ingestão
me hemolítica, provocada por ingestão de espécimes
Intolerância ao álcool, com rubor facial, palpitações
crus ou mal cozinhados, seja de Amanita rubescens
e muito desconforto geral: ver acima, síndrome de
(ou outras amanitas) ou de espécies dos géneros
Morchella ou Helvella. Síndrome gastrintestinal Síndrome cardiovascular
Primeiros sintomas 6 a 12 (24) horas depois da última
Bradicardia, vasodilatação, hipotensão, sudorese e sia-
ingestão, com gastroenterite aguda, vómitos incoer-
lorreia (também miose, problemas intestinais, náuseas
cíveis, diarreia profusa, intensa desidratação (estes
e vómitos): síndrome muscarínica, devida a toxinas
sintomas podem ter sido precedidos de mal-estar, com
do sistema nervoso autónomo presentes em Inocybe
dificuldade respiratória, e vertigens), insuficiência
patouillardii e aparentados, em cogumelos brancos do
hepática: síndrome faloidínica, provocada geralmente
grupo de Clitocybe dealbata, ou em Mycena pura, M.
por ingestão de Amanita phalloides (geralmente no
Outono até início do Inverno, mas também na Prima-
Atropina ou tintura de beladona. Pode ser mortal
vera), Amanita verna (finais do Inverno e Primavera)
Taquicardia, vasoconstrição, hiperactividade,
Tratamento tão precoce quanto possível (antídoto
secura das mucosas (ainda distúrbios neurológicos
silibinina, e penicilina); confirmar com marcadores de
devidos a substâncias estimulantes, alucinogéni-
função hepática (transaminases e lactato desidrogena-
cas ou afrodisíacas presentes no fungo): síndrome
se), acompanhamento durante vários dias, até haver
panterinina, provocada por Amanita pantherina, A.
a certeza de recuperação do fígado. A função renal
muscaria ou A. junquillea (por ordem decrescente de
também deve ser vigiada. Sobrevém, depois das 24
horas após ingestão, uma fase intermédia de aparente
Tratamento com sedativos e barbitúricos. Pode ser
remissão, à qual se segue falência hepática (às vezes
com hepatomegalia e dores abdominais) de elevada
Hipotensão, coagulação intravascular, icterícia,
mortalidade (dependendo da quantidade ingerida).
insuficiência renal, resultantes de hipersensibilidade
Primeiros sintomas 5 a 48 horas depois da inges-
imunológica adquirida por consumo repetido de
tão, com gastrenterite, debilitação, náusea e vómitos
Paxillus involutus: síndrome de Paxillus.
(ainda diarreia profusa, febre): síndrome giromitrina,
Tratamento por compensação renal (pode ser
devida à ingestão de Gyromitra esculenta e aparenta-
dos, assim como de Cudonia circinans, Spathularia
Rubor facial, palpitações e muito desconforto:
flavida ou espécies venenosas de Helvella.
síndrome de Coprinus, devida à intolerância ao álcool
Tratamento sintomático, dando atenção a uma
quando se ingere Coprinus atramentarius, C. micaceus
fase mais tardia com hepatite potencialmente mortal
ou outros. A intolerância prolonga-se por vários dias
(onde ocorre ainda hemólise, insuficiência renal,
e é semelhante aos efeitos do fármaco Antabuse.
problemas neurológicos, delírio, cãibras, convulsões generalizadas). Síndrome neurológica Alucinogénico (idêntico ao provocado pelo LSD): sín- Síndrome renal
drome psilocibina, devida à psilocina ou psilocibina
Primeiros sintomas podem ocorrer vários dias depois
presentes em Psilocybe semilanceata e aparentados
da ingestão (por isso não é fácil associar à ingestão
(estes cogumelos são comercializados ou cultivados
de cogumelos), com insuficiência renal que pode
em casa, ilegalmente, e o seu consumo é geralmente
tornar-se permanente quando não é mortal: síndro-
realizado por indivíduos conscientes dos seus efei-
me orelanina, provocada por Cortinarius orellanus e
Euforia, alucinações ou efeitos afrodisíacos, com
Tratamento sintomático, geralmente associado a
alterações cardiovasculares: ver acima, síndrome
A síndrome faloidínica, ver acima, pode também
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manifestar-se em deficiência renal, mas sempre se-
primeiro inquérito a vítimas recuperadas,1 desenhou-
cundária à insuficiência hepática.
se um novo modelo, visando expressamente o apoio aos clínicos nos Serviços de Urgência, que permita
Síndrome miopática
um compromisso entre máxima informação e rapidez
Primeiros sintomas 1 a 3 dias depois da ingestão de
de preenchimento. Consiste de nove perguntas que
Tricholoma equestre ou espécie muito semelhante em
devem facilitar o diagnóstico da intoxicação através
várias refeições consecutivas, com fadiga acompanhada
da descrição das síndromes feita neste artigo, comple-
ou não de mialgias, progredindo para rabdomiólise, ao
mentando-se com um espaço onde poderá juntar-se
fim de 1 semana após ingestão,7 acompanhada ou não
a identificação do cogumelo causador, a ser feita em
de insuficiência renal, e que pode ser mortal; outros
colaboração com micologistas. O mesmo encontra-se
sintomas incluem náuseas, eritema facial e sudorese
disponível, permanentemente, no Repositório Digital
profusa. Creatina quinase muito elevada no soro. Em-
da Universidade de Évora, URI http://hdl.handle.
bora a síndrome faloidínica também possa envolver
miopatia, manifesta-se mais cedo e envolve primaria-
É desejável que cada Serviço de Urgência adapte
mente insuficiência hepática. Síndrome semelhante
este modelo de modo a ajustar-se à prática corrente,
foi descrita na China devido à ingestão de Russula
incluindo-se aqui a possibilidade de reduzir o nú-
subnigricans,8 e é possível que se manifeste com outras
mero de perguntas; no entanto, deve ter-se presente
espécies consideradas idóneas, quando ingeridas em
que uma excessiva simplificação pode limitar a sua
grandes quantidades por indivíduos susceptíveis.9
Tratamento de protecção renal, com hidratação
perfusional, correcção de electrólitos (hipercaliemia,
Conclusão
hipo e hipercalcemia), nefroprotector N-acetilcisteína,
O conhecimento sistematizado das síndromes de
e perfusão de bicarbonato isotónico (alcalinização
micetismo e respectivos tratamentos contribui para
responder com flexibilidade às situações que se apre-sentem. É certo que os casos potencialmente fatais,
Síndrome neurológica
numa nação micófoba como a portuguesa, pratica-
Acromelalgia e eritromelalgia (parestesias, dor in-
mente se resumem à síndrome faloidínica, mas a
tensa, calor e eritema das extremidades, podendo ser
presença de culturas micófilas no nosso país complica
acompanhada de insónias), cerca de 24 horas após
esse quadro significativamente. Além disso, situações
a ingestão de Clitocybe amoenolens, e conhecida há
de síndrome digestiva, resinóide ou hemolítica, e
mais tempo no Japão devido a outra espécie muito
também panterinina, podem ser bastante frequentes1
para, uma vez excluída a faloidínica, permitirem um
Tratamento com analgésicos, alívio local do calor,
acompanhamento suficientemente diferenciado.
O modelo de inquérito aos pacientes ou seus
acompanhantes, aqui sugerido, propõe facilitar, num
III — Outros riscos de ingestão de cogumelos
quadro de conhecimento sistematizado do leque de síndromes conhecidas, a recolha de informações que
Acumulação de metais pesados
orientem o diagnóstico. É de particular relevância o
Risco resultante do consumo de cogumelos de zonas
quesito número 4, pois são as síndromes de latência
poluídas (no raio de acção das estradas, zonas indus-
longa (mais de 5 horas após a mais recente ingestão)
as que geralmente causam mortes (Quadro I). Estes inquéritos podem também vir a produzir um registo
Acumulação de radioactividade
cumulativo deste tipo de ocorrências com potencial
Especialmente da ingestão em zonas abrangidas pela
A disponibilidade de micologistas para colabora-
rem na identificação dos cogumelos pode ser muito
Modelo de ficha de inquérito a utilizar num
importante. Idealmente deve ter-se acesso a exempla-
Serviço de Urgência
res do cogumelo em bom estado, antes da preparação
Tendo em conta a experiência adquirida com um
culinária; se tal não for possível, e porque a descrição
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morfológica feita de memória não é fiável, os materiais que se possam recolher do conteúdo gástrico contêm caracteres microscópicos que podem ser suficientes para a identificação. Essa colaboração deverá passar pelo estabelecimento de protocolos operacionais que garantam um encaminhamento eficaz dos materiais e das informações relevantes.
Agradecimento Ao Dr. João Pedro Leandro, pela revisão do texto. Bibliografia 1. Morgado L, Martins L, Gonçalves H, Oliveira P. Estudo de intoxicações causadas por ingestão de macrofungos na região do Alto Alentejo. Anais da Associação Micológica A Pantorra 2006; 6: 65–74. 2. Bon M. The Mushrooms and Toadstools of Britain and Europe. A & C Black Publishers Ltd, London 2007. 3. Moreno G, Manjon JLG, Zugaza A. La guia de INCAFO de los hongos de la Peninsula Iberica, tomo I e II. Incafo, S. A., Madrid 1986. 4. Courtecuisse R, Duhem B. Mushrooms & Toadstools of Britain & Europe. Harper Collins Publs., London 1994. 5. International Programme on Chemical Safety (ICPS) INTOX Databank, Management of Poisoning by Unknown Fungi. s.d. http://www.intox.org/ databank/documents/fungi/mgtfungi/fungi.htm 6. Saviuc PF, Danel VC, Moreau PA, Guez DR, Claustre AM, Carpentier PH et al. Erythromelalgia and mushroom poisoning. J Toxicol Clin Toxicol 2001; 39:403-407. 7. Bedry R, Baudrimont I, Deffieux G, Creppy EE, Pomies JP, Ragnaud JM et al. Wild-mushroom intoxication as a cause of rhabdomyolysis. N Engl J Med 2001; 345:798-802. 8. Lee PT, Wu ML, Tsai WJ, Ger J, Deng JF, Chung HM. Rhabdomyolysis: an unusual feature with mushroom poisoning. Am J Kidney Dis 2001; 38(E17):1–5. 9. Nieminen P, Kirsi M, Mustonen A-M. Suspected Myotoxicity of Edible Wild Mushrooms. Exp Biol Med 2006; 231:221-228. 10. Azevedo N. Cogumelos silvestres. Clássica Editora, Lisboa 1996. 11. Machado MHN, Ramos ACM. Cogumelos. Colecção Res Rustica 9, Apenas Livros Lda., Lisboa 2005. PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL VOL.16 | Nº 4 | OUT/DEZ 2009 arTiGOs DE rEVisÃO Medicina Interna aPêNDiCE Lista de espécies europeias tóxicas (por síndrome) síndrome lividiana, gastrintestinal ou resinóide (incluindo digestiva) Amanita rubescens (se não for bem cozinhado)
síndrome micoatropínica ou panterinina Boletus luridus (se não for bem cozinhado)
Boletus purpureus (ou ainda B. rhodopurpureus, Boletus queletii (se não for bem cozinhado)
síndrome ciclopeptídica ou faloidínica Choiromyces meandriformis (se não for bem cozinhado)
Lepiota josserandii = L. subincarnata síndrome alucinogénica, por índoles ou pseudo-esquizofrénica (psilocibina) Gymnopilus spectabilis = G. junoniussíndrome nitritóide, de Coprinus, acetaldeica ou pseudo-antabus Hygrophoropsis aurantiaca (se não for bem cozinhado)
Coprinus atramentarius = Coprinopsis atramentaria (com álcool)
Coprinus micaceus = Coprinellus micaceus (com álcool)
síndrome muscarínica, sudorina ou micocolinérgica Clitocybe cerussata = C. phyllophilaInocybe patouillardii = I. erubescensLeucoagaricus bresadolae = L. americanussíndrome orelanina (de cortinários) Leucopaxillus candidus = Clitocybe candidaMacrolepiota rhacodes var. hortensis = Chlorophyllum brunneumM. rhacodes var. bohemica = Ch. rhacodesCortinarius speciosissimus = C. rubellussíndrome giromitrina ou hidrazínica rabdomiólise Tricholoma auratum = T. flavovirens = T. equestresíndrome de Paxillus acromelalgia, eritromelalgia Stropharia ferrii = S. rugosoannulata
nota: as listas de sinónimos terminam sempre com o nome científico considerado correcto. REVISTA DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE MEDICINA INTERNA rEViEw arTiCLEs Medicina Interna aPêNDiCE Nomes vulgares em Portugal atribuídos a espécies comestíveis e potenciais intoxicações associadas Vernáculo Científico intoxicações (síndrome)a
1. Lactarius deliciosus (L.) gray
2. Boletus edulis Bull. e similares
3. Tricholoma equestre (L.) P. Kumm.
3. Amanita phalloides (vaill. ex Fr.) Link (F), T. equestre (R)
Morchella esculenta (L.) Pers. M. esculenta (D), Gyromitra sp. (g)
1. Boletus edulis Bull. e similares
2. Macrolepiota procera (Scop.) Singer 2. Chlorophyllum rhacodes (vittad.) vellinga (D+)
3. Tricholoma equestre (L.) P. Kumm.
3. Amanita phalloides (vaill. ex Fr.) Link (F), T. equestre (R)
1. Tricholoma equestre (L.) P. Kumm.
1. Amanita phalloides (vaill. ex Fr.) Link (F), T. equestre (R)
2. Omphalotus olearius (DC.) Singer (D+)
Amanita ponderosa Malç & heim
Amanita verna (Bull.) Lam. (F), Amanita phalloides var. alba
Amanita phalloides (vaill. ex Fr.) Link (F), Amanita verna (Bull.)
Lam. (F), Agaricus xanthodermus genev. (D+)
Amanita caesarea (Scop.) Pers. Macrolepiota procera (Scop.) Singer
Chlorophyllum brunneum (Farl. & Burt) vellinga (D+)
Omphalotus olearius (DC.) Singer (D+)
Coprinus comatus (O.F. Müll.) Pers. Agrocybe aegerita (v. Brig.) Singer
Craterellus cornucopioides (L.) Pers.
nota: compilado de várias fontes (referências 10 e 11, nomeadamente). vários nomes têm significados diferentes segundo as regiões.
aF: síndrome faloidínica; D: síndrome digestiva; D+: síndrome resinóide; R: rabdomiólise; g: síndrome giromitrina; P: síndrome panterininaaAinda: fradelho, pucarinha, gasalho, centieiro, capoa, roca, chouteiro, parasol, soutelho, cogumelo da calcinha
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL VOL.16 | Nº 4 | OUT/DEZ 2009
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APPLICATION NOTE Circuit Protection Solution for Lithium Cells Primary lithium cells (i.e., AA and 2/3A) and rechargeable lithiumcells (i.e., 18650, 17500, and prismatic) are used in many portableelectronics applications, such as laptop or notebook computers. Their popularity is based on the fact that they offer high energydensity, high capacity and long cycle life, with no memor